Sinta-se em casa. Sente-se, relaxe, pegue um cappuccino, e aproveite.
Há muito tempo atrás, existe um menino, que com 8 anos de idade já sabia muito sobre carro, quando digo muito, me refiro a pouca idade e o amplo interesse. Esse mundo de possibilidades e conhecimento foi crescendo tanto, que hoje, trouxe uma linda paixão, aquelas mostradas nos filmes de Hollywood mesmo;
Não é atoa que, o que para muitos é algo simplório, para ele é algo muito especial, digno de total atenção, com tão pouca idade, já era perceptível que esse menino conseguia sentir o que para muitos iniciantes é desafiado, o carro. Tão pouco levado a sério, achavam que não era possível aquilo ser algo real,talvez uma leve paixãozinha, que com o tempo acabaria...
O tempo passou, os conhecimentos aumentaram, e com 15 anos esse menino já sabia trocar pneu, digo, na teoria claro, que mais tarde em uma situação real, provou o quanto as teorias eram ótimas, e que para bons intendedores, realmente meia palavra basta.
O aprendizado da internet pode ser "consumível", o que mais tarde se aplicar na prática, quando dizia isso, lembro que por insegurança não sabia se realmente iria dar certo.
É lindo ver uma relação não comum, entre humanos, mas Homem e máquina, um carro assim como uma pessoa precisa de cuidados, precisa de carinho, quando digo carinho não me refiro a falar coisas bonitas logicamente... Mas me refiro a cuidar, lavar, consertar, ver o que precisa, dar uma atenção a mais... Afinal é com ele que você foi à praia, subiu e desceu a serra, pegou sua namorada, viajou com a família, e passou apuros na rua..
Passei a compreender uma "máquina" como algo que eu entendia, curtia, cuidava, lembo de quando lavava o carro, hoje em dia saio junto a meu irmão e calibro os pneus, gosto de cuidar, me sinto bem cuidando, não vejo grande problemas nisso.
Indo direto ao ponto, sem muitos carnavais,dia 12/04/2014 (escrevo para não esquecer essa data), foi a primeira vez que pude sentar em um carro pela primeira vez como motorista, ano em que faço 18 anos (a essa altura que você esta lendo já fiz), o ano mais esperado da minha vida... Era de tarde cerca de 12:30, o sol estava forte, era possível ver a visão embaçada em meio ao asfalto brilhante, eis que ouço um triiinnn, o telefone toca, corro para atender, era minha tia, a qual eu desde o começo do ano havia pedido para que me levasse para dar umas voltinhas, na hora que estava no telefone, meu coração pulsava, não acreditava que aquilo iria realmente acontecer, confirmei com um grande frio na barriga, frio que só estava por começar...
Esperei ela chegar, estava na frente de casa, o sol em nenhum segundo deu trela, enfim ela chegou, entrei no carro e fomos em direção a uma rua isolada, o mais próximo que estivéssemos do faroeste, com as palhas voando seria melhor...
Lá havia uns dois carros parados, talvez um caminhão, parecia uma zona industrial, asfalto ruim, e duas lombadas, então minha tia estaciona o carro no lado direito da rua, e pede para que eu troque de lugar com ela para que eu possa dar a minha primeira acelerada ( com 8 anos eu falava aceleiada), então logo sai do carro e entrei no lado do banco do motorista com um sorriso estampado no rosto, e não acreditando no que estava acontecendo... Após uma leve conversa, falando um pouco sobre carro e dada as instruções de até onde eu iria (final da rua).
Então a hora chegou, ajustei os bancos e retrovisores, a chave já estava na ignição, coloquei o cinto de segurança e então pedi a permissão para ligar o carro, ela parecia meio aflita, deixou bem claro que a mão ficaria sob Freio de mão, claro que depois que eu já tivesse em movimento, era possível ver que a mão dela ficava segurando um apoio de teto, com total insegurança.
O carro era uma Fiat Palio Weekend, uma peruínha, mas com volante hidráulico seria tudo mais facil. De começo me assustei pelo tamanho do carro para primeira aula, mas enfim fui firme e persistente, a sensação de ligar o carro foi emocionante, conseguia sentir o virabrequim girando, pistões, cilindros, tudo, foi um sincronia perfeita, claro isso é só um mero detalhe do quão emocionante foi.
Tiro o freio de mão e piso no freio, logo após piso totalmente na embreagem e engato a primeira marcha, dou seta para esquerda e vamos la... O pé foi saindo de leve da embreagem até eu conseguir sentir o ponto do carro, uma sutil mudança no som do motor, é o ponto perfeito para tirar o pé do freio, nesse ponto da mudança sutil no som do motor, a embreagem faz o papel sozinho no plano, o carro se movimenta de leve, ouço os pneus girando sob o asfalto de má qualidade, dou uma leve acelerada, e retiro totalmente o pé da embreagem, tudo devagar, calmamente, mas essa primeira aula o intuído era deixar o carro com baixa velocidade afim de manter o controle da embreagem. Toda vez que o carro começava a ameaçar a perder fôlego, quase apagar, morrer, pisava mais na embreagem e assim foi o trajeto, andando em uma reta, o percurso estava bom até a hora em que precisava passar por uma morrombada, uma lombada que parece mais um morro, passamos tranquilo, sem desespero, e uma ladeira com uma curva, ladeira que digo, é levemente inclinada, nada de se assustar.
O trajeto foi feito umas 5 vezes, e nenhuma das vezes o carro morreu, estancou, teve parkinson (sempre digo quando o carro treme), ou teve algo do tipo. Após terminarmos a aula do dia minha tia me perguntou:
- Você quer aprender o que? Você já sabe de tudo.
Não sei ser elogiado, e dei uma enorme risada de sem graça, mas fiquei muito feliz em saber que, o que eu realmente importa é ter uma grande paixão e CONSUMIR as teorias valeu muito a pena. gosto de dirigir e sei que agora chegando os 18 anos tudo tende a ficar mais fácil! Não sei se isso me deixou mais ansioso para dirigir novamente, afinal quando uma criança experimenta doce uma vez, sempre quer mais.
Muito obrigado a você que leu tudooo isso, e espero que tenha curtido... em breve continuação
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