quarta-feira, 23 de abril de 2014

Amaciar o motor, como se faz?

   Século XXI , e ainda tem gente que não sabe sobre esse assunto, mas muita calma... Com tantas opiniões diversas na internet, realmente é complicado sabermos quem está certo, mas vamos realmente ao o que importa?

               Antes de tudo é importante saber as diferenças de na "boa" e "no pau" e saber o que é o "amaciamento", um motor possuí diversas partes móveis de alumínio, metal.... Essas partes por mais que a tecnologia avance, elas continuam ficando com um pouco de imperfeição... Essa imperfeição quando o veículo sai de fábrica, necessita reduzir para que os componentes internos do motor se ajustem, evitando desgastes prematuros.

O amaciamento “na boa” e “no pau”

             O amaciamento “na boa” é um amaciamento feito de modo suave, promovendo um pequeno e lento desgaste nas peças, em condições de baixa vibração.
             O amaciamento “no pau” é um amaciamento feito de modo violento, promovendo um grande e rápido desgaste nas peças, em condições de alta vibração.
            As diferenças, portanto, são duas: a velocidade e a profundidade do desgaste das peças, devidos respectivamente ao número total de giros realizados e ao nível de vibração a que o motor foi submetido durante o processo de amaciamento.

Amaciar “na boa” ou “no pau”?

             Você vai encontrar diversas opiniões em fóruns afirmando que o motor deve ser amaciado “no pau”, isto é, forçando desde o primeiro dia em altas velocidades, para não ficar "manco". Isso é uma grande bobagem, não faça isso!
             Você também vai encontrar diversas opiniões em fóruns afirmando que não é mais necessário amaciar os motores novos, seja porque a tecnologia moderna permite fazer peças muito mais perfeitas que evitam a necessidade de amaciamento, seja porque os motores novos saem de fábrica pré-amaciados. Isso é uma grande bobagem, não acredite nisso também.
              Quem diz que o motor deve ser amaciado “no pau” ou não deve ser amaciado, com certeza não entende nada de física e não leu o manual do fabricante.

Para amaciar você tem 3 fases

De 500 a 1500 km ( fase crítica)
            Quando você sentir que o carro já está andando com normalidade em baixas velocidades, sem aquela impressão de estar “preso”, pegue uma estrada e faça o seguinte: na quarta marcha, acelere até atingir 90 km/h, tire o pé do acelerador, deixe cair a velocidade até 50 km/h e torne a acelerar até os 90 km/h. Repita esta operação acelerando com suavidade nas primeiras dez vezes e com firmeza nas dez vezes seguintes. Se você for do tipo paciente, circule por quinze minutos e repita a operação. Repita todo o processo pelo menos mais uma vez, em outro dia. É importante utilizar a faixa em que o carro possuí maior torque, leia no manual, ou procure no Google, afinal essa é uma informação fácil de se achar.

              Nos primeiros 1.500 km não estique as marchas. Consulte o manual do seu veículo para ver a relação adequada entre marchas e velocidades para este período. Se você não tiver o manual, use esta tabela geral:

1ª marcha de 0 km/h até 25 km/h

2ª marcha de 25 km/h até 45 km/h

3ª marcha de 45 km/h até 65 km/h

4ª marcha de 65 km/h até 85 km/h

5ª marcha de 85 km/h até 110 km/h

         Após os 1.500 km começa a segunda etapa de amaciamento: você deve começar a esticar gradualmente as marchas para elevar o giro do motor sem elevar muito a velocidade do veículo.
         Importante:  Acelerar com graduação, nunca saia com rotação alta... Chegue nas altas rotações gradualmente e quando chegar em altas rotações , deixe-as cair lentamente. 
         Depois dos 3000km se o motor for novo ai você pode dar bagaço e se divertir, porém se for retificado aguarde até os 6000.

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